quarta-feira, 18 de novembro de 2015

MICROCEFALIA

Sesau confirma três casos de microcefalia em Alagoas em 2015

Ligação entre o problema e o Zika vírus, nos bebês nascidos no estado, ainda não foi confirmada pela secretaria

18/11/2015 10h20
Da Redação
  (Crédito: Imagem ilustrativa)
(Crédito: Imagem ilustrativa)
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) confirmou, nesta quarta (18), que só este ano três novos casos de microcefalia foram registrados no Estado. Por conta do aumento de casos no Nordeste, o Ministério da Saúde decretou situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.
No estado vizinho, Pernambuco, nos últimos quatro meses, cerca de 145 crianças foram diagnosticadas com a anomalia, o que levou especialistas a investigar o alto índice da doença.
Em Alagoas, nas unidades de saúde que fazem atendimento de crianças e bebês, a indicação é de que os possíveis casos de microcefalia sejam informados à Sesau imediatamente, para que sejam investigados.
De acordo com a Sesau, em dez anos, a doença atingiu 29 crianças em Alagoas, mas o quadro é considerado um sinal e não um diagnóstico de diversas síndromes, como a Down.
A microcefalia pode ser resultado de malformações do sistema nervoso central, diminuição do oxigênio para o cérebro do bebê, decorrente de complicações na gravidez ou no parto, além de exposição a drogas, álcool e certos produtos químicos na gravidez. "Ainda não há comprovação de que o problema ocorre em virtude do Zika vírus ou da febre do Chikungunya", garantiu a secretaria, em nota enviada ao TNH1.
Consequências
Especialista em infecções, a pediatra Adriana Ávila explicou durante entrevista à TV Pajuçaraque a microcefalia possui graus diferentes, dependendo, especialmente, da gestação. "Assim como acontecem com bebês que nascem abaixo do peso e se recuperam com o tempo, os casos mais leves também se solucionam sem problemas mais sérios para as crianças", disse.
"Já para casos mais severos, há comprometimento clínico, atraso no desenvolvimento neuromotor e, em alguns casos, a chegada de crises convulsivas", explicou a especialista.
Quanto à possível ligação da anomalia com os casos de Zika e Chikungunya, a médica garante que ainda é muito cedo para garantir. "Somente após o estudo aprofundado com o histórico das gestantes poderemos precisar algo", advertiu. "O melhor é que o pré-natal seja feito de maneira rigorosa e os exames feitos de maneira a tentar identificar qualquer tipo de alteração o quanto antes", concluiu a especialista.

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