segunda-feira, 20 de agosto de 2012

DIA D DE MOBILIZAÇÃO

Ministério inicia campanha para atualizar caderneta infantil

Em todo o país, cerca de 34 mil postos fixos de vacinação, além de outros volantes, estão abertos das 8 às 17 horas. Todas as crianças menores de cinco anos devem ter a caderneta avaliada

O ministro da Saúde Alexandre Padilha, participou no sábado (18), em Salvador (BA), junto com o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, do dia D de Mobilização, que marca o início da campanha para atualização da caderneta infantil das crianças menores de cinco anos. A partir deste sábado até 24 de agosto, todas as 14,1 milhões de crianças menores de cinco anos de idade devem comparecer a um dos 34 mil postos de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) para que a caderneta de vacinação seja avaliada e o esquema vacinal atualizado, de acordo com a situação encontrada.

Na abertura da campanha, o ministro Alexandre Padilha reforçou que a estratégia vai diminuir o risco de transmissão de enfermidades imunopreveníveis, assim como reduzir as taxas de abandono do esquema vacinal. “Hoje é um dia para proteger as nossas crianças de zero a cinco anos de idade. Nesta campanha vamos atualizar todas as vacinas disponíveis e indicadas para esta faixa etária que, por algum motivo, a criança não tenha recebido”, disse.

A campanha para a vacinação em dia é uma estratégia onde estarão disponíveis todas as vacinas do calendário básico da criança. São elas: BCG, hepatite B, pentavalente, vacina inativada poliomielite (VIP), vacina oral poliomielite (VOP), rotavírus, pneumocócica 10 valente, meningocócica C conjugada, febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e DTP (difteria, tétano e coqueluche). A partir desta campanha, passam a fazer parte do calendário básico a vacina pentavalente e a VIP.

Embora apenas as crianças que não estão com calendário em dia irão receber vacinas durante a campanha, é importante que os pais recebam a orientação dos profissionais de saúde para analisar o histórico vacinal. “É muito importante que o pai ou a mãe leve a criança ao posto de vacinação mais próximo porque o profissional de saúde irá ajudar na identificação de quais vacinas estão faltando na caderneta para garantir a proteção da criança”, argumentou Alexandre Padilha.
Para a operacionalização da campanha, o Ministério da Saúde repassou R$ 18,6 milhões do Fundo Nacional de Saúde (FNS) aos fundos estaduais e municipais. Haverá o envolvimento de 350 mil profissionais de saúde e a utilização de cerca de 42 mil veículos.

A partir de agora passam a fazer parte do Calendário Básico a vacina pentavalente e a Vacina Inativada Poliomielite.

Outra novidade é que a oferta de suplemento de vitamina A às crianças menores de cinco anos - moradoras das regiões Norte, Nordeste e dos vales do Jequitinhonha e Mucuri, em Minas Gerais. A medida integra o Programa Brasil Carinhoso, lançado em maio desde ano e que tem como meta a superação da extrema pobreza na primeira infância.


PENTAVALENTE - É injetável e reúne em uma única aplicação a proteção de duas vacinas distintas, a tetravalente - que deixa de ser ofertada e protege contra difteria, tétano, coqueluche e doenças causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b, como meningite, e a vacina hepatite B. A vacina pentavalente será aplicada aos dois, aos quatro e aos seis meses de vida. Se a criança tiver começado o calendário com a tetravalente, sem que tenha terminado o esquema vacinal, deverá tomar a pentavalente. Contudo, caso o município tenha estoque remanescente da tetravalente, a criança poderá concluir o esquema com esta vacina.

Além da pentavalente, a criança manterá os dois reforços com a DTP. O primeiro reforço deverá ser administrado aos 12 meses e o segundo aos quatro anos. Os recém-nascidos continuam a receber a primeira dose da vacina hepatite B nas primeiras 24 horas de vida, preferencialmente nas 12 horas, para prevenir a transmissão vertical.

Para o ministro, a nova composição da pentavalente irá proporcionar um conforto maior às crianças, por representar uma picada a menos. “Além disso, é uma medida de eficiência, de melhoria da gestão pública, com a economia de seringas e nos procedimentos de armazenagens”, afirma Padilha.

PÓLIO INATIVADA - A partir de agora, as crianças que nunca foram imunizadas contra a paralisia infantil, irão tomar a primeira dose aos dois meses e a segunda aos quatro meses, com a vacina inativada poliomielite, de forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses), e o reforço (aos quinze meses) continuam com a vacina oral, ou seja, as duas gotinhas. As crianças que já começaram o calendário básico com a vacina oral continuam o esquema antigo com as gotinhas: dois meses, quatro meses, seis meses e 15 meses.

Enquanto a pólio não for erradicada no mundo, o Ministério da Saúde continuará a utilizar a vacina oral poliomielite (VOP), pois ainda existem três países (Nigéria, Afeganistão e Paquistão) endêmicos para a doença. As doses da VOP visam manter a imunidade populacional (de rebanho) contra o risco potencial de introdução de poliovírus selvagem através de viajantes oriundos de localidades que ainda apresentam casos autóctones da poliomielite, por exemplo.

O Brasil já está se preparando para utilizar, apenas, a vacina inativada quando ocorrer a erradicação da doença no mundo. A VIP será incluída na pentavalente junto com a vacina meningocócica C (conjugada) transformando-se na vacina heptavalente. Os laboratórios Bio-Manguinhos, Butantan e Fundação Ezequiel Dias (FUNED) estão desenvolvendo este projeto. A previsão é que a vacina heptavalente esteja disponível no Programa Nacional de Imunizações daqui a quatro ou cinco anos.

VITAMINA A – O Ministério da Saúde vai disponibilizar megadoses de vitamina A para repor as deficiências nutricionais em crianças de seis meses a 5 anos incompletos. A estratégia faz parte da Ação Brasil Carinhoso e acontece junto com a campanha para atualização da caderneta.

Para a campanha, serão priorizados os estados das regiões Norte e Nordeste, e as cidades das regiões do Vale do Mucuri e Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, totalizando 2.434 municípios. Para as demais regiões do país, no decorrer do ano, a suplementação de vitamina A será realizada durante a rotina de Atenção Integral à Saúde das Crianças que acontece nas Unidades Básicas de Saúde. Até o fim de 2012, a suplementação será ampliada às demais unidades da federação, contemplando 3.034 municípios em todos os estados brasileiros. Serão incluídos todos os municípios prioritários do Plano Brasil Sem Miséria, além dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas.

O ministro Alexandre Padilha justifica que “estudos do Ministério da Saúde mostram que onde se oferece o suplemento da vitamina A, sobretudo, nas regiões mais pobres, há redução da mortalidade infantil, das doenças pulmonares e de infecções”.

A criança deve receber duas doses anuais (não injetáveis), uma a cada seis meses. Cada município deverá adotar a sua estratégia para a identificação das crianças, de seis meses a menores de cinco anos, que serão atendidas e rotineiramente acompanhadas.

A identificação pode ser por demanda espontânea nas unidades de saúde (durante as consultas regulares do Crescimento e Desenvolvimento Infantil), por busca ativa por meio dos Agentes Comunitários de Saúde e Equipes Saúde da Família), ou por meio da indicação de parceiros que atuam na prevenção e controle dos distúrbios nutricionais, como, por exemplo, os líderes da Pastoral da Criança.

Fonte:  Amanda Costa, Agência Saúde - Ascom/MS
 

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