Da esq.
p/ dir.: Lindolfo Neto, José Roberto Prebill, Jorge Venâncio e Dr. Gabriel
Santoro (Crédito: Erick Vizoki)
Às vésperas de completar 1 ano (19/04),
a Fenaac realizou, na manhã do dia 15 de abril (terça-feira), a primeira
reunião com a CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) com o intuito de
articular ida à Brasília para tentar angariar apoio de senadores e deputados
federais na criação de uma Frente Parlamentar Mista. A iniciativa é uma das
estratégias da Frente Nacional em Prol do Piso Nacional dos ACS e ACE, criada
no ano passado pelo presidente da Fenaac e do Sindicomunitário-SP, José Roberto
Prebill, após parlamentares que compõem a base de apoio da presidente Dilma
Rousseff conseguir barrar, por três vezes em apenas dois meses (outubro e
novembro), a votação da PL 7.495/06, que estabelece um piso salarial nacional
para a categoria.
Estiveram presentes Lindolfo Luiz dos
Santos Neto (secretário nacional de Finanças) e Jorge Venâncio (secretário
nacional da Saúde do Trabalhador), ambos da CGTB, além de diretores da Fenaac e
do Sindicomunitário-SP e o assessor jurídico das duas entidades, Dr. Gabriel Santoro.
O encontro foi coordenado por Roberto Prebill.
Roberto
Prebill faz a abertura do encontro e apresenta as propostas para diretores da
Fenaac e Sindicomunitário-SP e para os representantes da CGTB (Crédito:
Erick Vizoki)
Dívida interna
Também discutiu-se outras estratégias,
como conseguir apoio de prefeituras de todo o País para pressionar a votação do
PL 99/2013, que trata da renegociação da dívida dos estados e municípios
brasileiros. Segundo os representantes da CGTB, a dívida da União com estados e
municípios é o principal fator para a falta de investimento em direitos sociais
dos cidadãos brasileiros, entre eles a área da Saúde.
“A Saúde está muito ruim no momento
atual e a tendência é piorar bastante este ano. Essa é a realidade bem
concreta, não estou querendo pintar nada de cor-de-rosa aqui para vocês”, disse
Jorge Venâncio. “Eles (governo) estão tirando dinheiro da Saúde para pagar o
tal do superávit primário, que é exatamente isso: é a cota que os bancos cobram
do governo”, explicou.
“Os juros no Brasil estão cerca de 5 ou
6% acima da inflação. Ou seja, está se deslocando dinheiro para quem já tem e
apertando em relação ao povo”, concluiu o secretário da CGTB.
“A opção pela política econômica do
governo é uma opção para facilitar a atividade do sistema financeiro (bancos)”,
levantou Neto.
O secretário de Finanças citou números
divulgados pelo movimento Auditaria Cidadã da Dívida, que informa que do
Orçamento Geral da União, de 2012, em mais de R$ 1,7 trilhão, 43,98% foram
destinados a pagar juros e amortizações da dívida. Para a saúde, foram
destinados apenas 4,17%. Segurança pública ficou com 0,39%, educação com 3,34%
e habitação com 0,01%. A segunda maior fatia ficou com a Previdência Social,
para qual foram 22,47%.
Gráfico
divulgado pelo movimento Auditoria Cidadã da Dívida: de um orçamento de R$
1,7 trilhão, 43,98% vão para os bancos e 4,17% para a Saúde.
“Agora iremos elaborar um documento e
enviar para os sindicatos filiados à Fenaac e simpatizantes para que também
mandem sugestões dentro de um prazo determinado”, informou o presidente Roberto
Prebill.
Ao final do encontro ficou decidido que
haverá uma nova reunião, com uma comissão menor, e será elaborado um novo
documento baseado nas colaborações das outras entidades.
Os representantes da CGTB se
comprometeram a contatar outras centrais sindicais, que já haviam manifestado
seu apoio, para que colaborem com recursos que garantam a viagem de outras
lideranças e representantes de ACS e ACE de todo o Brasil à Brasília e dar
continuidade à mobilização junto aos parlamentares do Congresso Nacional e
outras autoridades.
A data da viagem ainda não foi
definida, mas deverá acontecer no mês de maio.
Assista trechos da Reunião:
https://www.youtube.com/watch?v=Qy0k1yBDl1A
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Da esq.
p/ dir.: Lindolfo Neto, José Roberto Prebill, Jorge Venâncio e Dr. Gabriel
Santoro (Crédito: Erick Vizoki)
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Roberto
Prebill faz a abertura do encontro e apresenta as propostas para diretores da
Fenaac e Sindicomunitário-SP e para os representantes da CGTB (Crédito:
Erick Vizoki)
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Gráfico
divulgado pelo movimento Auditoria Cidadã da Dívida: de um orçamento de R$
1,7 trilhão, 43,98% vão para os bancos e 4,17% para a Saúde.
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