Os prejuízos causados pelas deficiências na área da saúde em Maceió vão além daqueles que atingem diretamente a população. Em 2013, de janeiro a agosto, Maceió já gastou cerca de R$ 8 milhões com causas judiciais do setor. A informação é do prefeito Rui Palmeira, que tem a saúde como pioridade na gestão. Segundo o prefeito, o dinheiro gasto com os processos de judicialização daria para reformar todas as unidades de saúde da capital.
Alguns dos pedidos feitos pela população na Justiça, segundo o secretário de Saúde, João Marcelo Lyra, são "abusivos" e fora do que o Sistema Único de Saúde (SUS) está obrigado a cobrir. Para contornar a situação, a prefeitura lançou um Núcleo Interinstitucional Jurídico (Njus) que ficará responsável pela resolução mais ágil dos pedidos.
Os processos referentes a medicamentos, internações, cirurgias e materiais médicos serão intermediados pela Defensoria Pública. “Vamos adotar esta medida para filtrar o que realmente é da nossa competência. Têm pedidos absurdos e que não podemos atender. O que já foi gasto esse ano poderia ter sido revertido para reformas e teria resolvido um grande problema da capital”, afirmou.
Entre os pedidos considerados absurdos pela prefeitura estava uma solicitação de cirurgia peniana, que custaria cerca de R$ 70 mil.
Reformas e construções de novas unidades até o fim do ano
Até o final de 2013, a prefeitura pretende entregar 35 postos reformados. Outros 12 devem começar a ser construídos até dezembro. O prefeito Rui Palmeira explicou que 28 dos postos que serão reformados funcionam em prédios alugados e que não possuem condições estruturais para comportar uma unidade de saúde.
“Sabemos de nossas deficiências e afirmo que ainda há muito que se melhorar na saúde de Maceió. A melhora nos serviços oferecidos para a população é uma de nossas metas para este ano”, disse.
Está previsto para o primeiro trimestre de 2014 a entrega das duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) que estão sendo construídas em Maceió. Segundo o secretário João Marcelo, as obras estão em estado avançado e depois de prontas, cada uma terá capacidade para atender 500 pessoas por dia.
“As Unidades serão uma forma de desafogar o fluxo de pacientes que todos os dias dão entrada no Hospital Geral do Estado (HGE). A UPA do Trapiche está com as obras mais avançadas dos que a do Benedito Bentes, mas ambas serão entregues no mesmo período do ano que vem”, afirmou.
As Unidades são executadas em parceria com o Governo Federal. Ao todo, serão investidos R$ 2,6 milhões pelo Governo Federal e mais de R$ 2 milhões pelo Governo de Alagoas.
As UPAs vão contar com consultórios, salas de raios-X, sutura, gesso, inalação, aplicação de medicamentos e eletrocardiografia, além de área de observação, farmácia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação.
Fonte: Tudo na Hora
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