quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Sindas entrevista Rui Palmeira e cobra quitação de dívidas

Possibilidade de extinção do PCC dos servidores de Maceió, OSS, pagamentos dos retroativos, das progressões por mérito e por titulação foram destaques.


O Sindas-AL foi ouvir o que o prefeito Rui Palmeira (PSDB) tinha a falar sobre os rumores indicando a extinção do Plano de Cargos e Carreiras (PCC) do Município de Maceió.

Primeiramente, ele nega os boatos sobre o fim do PCC. E responde que qualquer ação do Município em relação ao funcionalismo público vai ser discutida com os servidores.

“Não temos plano de mudar o PCC. Vamos agir como estamos fazendo desde o início da gestão. Qualquer mudança a ser feita vai ser conversada com os sindicatos. A única preocupação é com relação a 2015 que se a economia brasileira não melhorar vai ser um ano difícil, de aperto. Mas vamos procurar manter o compromisso de pagar o servidor em dia e dentro do mês trabalhado, alegou.

No encontro o prefeito também foi questionado sobre assuntos imprescindíveis aos agentes de saúde como a implantação das OSS em Maceió, o pagamento do piso salarial, pagamentos dos retroativos e das progressões.

OSS e Lei Delegada para 2015

A Lei Delegada de Maceió (nº 6.304/2014) está prevista para o segundo trimestre de 2015. Junto com ela, o projeto de privatização das unidades de saúde que serão administradas pelas Organizações Sociais da Saúde (OSS).

O gestor acredita que essa é a única alternativa para melhorar o serviço público de saúde na capital. E as primeiras OSS já vão ser implantadas nas duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), dos bairros do Benedito Bentes e do Trapiche. Já foi aberto edital no dia 25 de novembro. O prazo é de 40 dias para as empresas apresentarem as propostas. A previsão é de que já funcionem a partir de janeiro.

A Lei Delegada está prevista para entrar em vigência em maio. Ela tem o objetivo de fazer uma reestruturação administrativa no Município, com remanejamentos de servidores e até criação ou extinção de secretarias ou cargos em comissão.

A demora em aprovar, segundo Palmeira, é porque o projeto vai depender muito da situação financeira de Maceió no próximo ano.

“Essa lei, durante a vigência, pode gerar um impacto financeiro com relação a algumas áreas e por isso estamos revendo tudo para adequar à situação financeira do Município visando 2015. A LD não mexe no PCC, nem irá exonerar o servidor efetivo”, disse.

O Sindas não concorda com a implantação das OSS, essas organizações prejudicam os trabalhadores e usuários, pois a contratação das mesmas dispensa licitação ou concurso público.

SMS, piso salarial, retroativos e progressões

Durante todo o ano de 2014, o sindicato tem participado de reuniões, sessões do Conselho Municipal de Saúde de Maceió em busca de melhores condições de trabalho para categoria e dos direitos trabalhistas conquistados, mas devidos pelo Município.

“Temos nos esforçados para melhorar a estrutura de trabalho dos servidores com a construção de novas unidades de saúde. A exemplo da reforma de metade da rede, com 34 unidades. Em outras, várias reformas já foram feitas. E estamos construindo novas unidades. 

Estamos procurando otimizar a qualidade do serviço que é prestado ao servidor e ao usuário do sistema de saúde”, alegou Rui.

Quanto ao piso salarial dos agentes, pagamento por progressões por mérito e por titulação, Rui respondeu que só fará quando tiver condições financeiras.

“Infelizmente no momento não temos condições de pagar tudo. A situação econômica do país e dos municípios não está boa, houve uma queda no FPM. Para melhorar é preciso que haja consumo. A partir daí é que a arrecadação de impostos melhorará a exemplo do ICMS, ISS e IPI.”

“Se a receita do país vai mal então os municípios também são prejudicados. O nosso compromisso é manter em dia o pagamento dos servidores como estamos fazendo. Inclusive concedendo aumentos: 2013 foram 9%, 2014 foram mais 7% e até pagamos quase R$ 20 milhões em retroativos de gestões passadas. Infelizmente não dá para fazer tudo ao mesmo tempo.”

Sobre o pagamento dos retroativos devidos há mais de 12 anos, Palmeira não trouxe nenhuma novidade dizendo que os R$ 54 milhões continuam suspensos por iniciativa do MPE. Ele repetiu que pagou R$ 20 milhões referente a dívidas passadas, mas tudo vai depender de uma ação na justiça já que o MPE impugnou o acordo.

Quanto às progressões de 2008, 2009, 2010 e 2011 o tucano ainda não tem previsão para o pagamento. O gestor diz não ter caixa para quitar essa dívida.

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