O Centro de referência em saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o PAM Salgadinho, tem no Bloco I uma equipe multidisciplinar para atender pessoas que procuram saber por meio do teste rápido se são ou não portadoras de HIV, Aids, hepatites B e C e sífilis. Aqueles que descobrem ser reagentes a uma ou mais destas testagens passam a frequentar o Serviço de Assistência Especial (SAE) para tratar da doença.
O Bloco I do PAM Salgadinho funciona de segunda a sexta, nos dois horários. A unidade conta com dois serviços específicos; o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e o SAE.
É a equipe do SAE que realiza uma palestra sobre as doenças sexualmente transmissíveis aos que procuram a unidade, e depois disso, individualmente, um profissional de psicologia ou assistente social faz o pré-teste e o cadastro das pessoas. Todo o sistema é informatizado.
O teste rápido permite que em trinta minutos a pessoa já conheça o resultado que é repassado por um profissional responsável pelo aconselhamento e pelas devidas orientações, independente do resultado do exame. “Quando o resultado é negativo, nós orientamos a pessoa sobre a vida sexual e a necessidade de fazer sexo com proteção (uso de preservativo), independente de essa pessoa ser ou não casada, ter ou não parceiro(a) fixo(a). Além de recomendarmos trazer o parceiro ou a parceira para também se submeter ao mesmo teste rápido”, esclarece a assistente social, Conceição dos Anjos.
Já aquelas pessoas que são detectadas com um dos vírus ou mais, são encaminhadas ao ambulatório do SAE para receber orientações sobre os exames e tratamento. No caso da pessoa ser portadora do vírus HIV ou ter Aids é necessário fazer o exame de CD-4, que detecta a carga viral do paciente e é feito pelo Lacen.
Pessoas com a carga viral abaixo de 350 são portadoras do HIV, e acima disso já desenvolveram a Aids. Em ambos os casos, é necessário agendar a consulta com o infectologista do Bloco I. O especialista solicitará uma série de exames e vacinas para poder prescrever os medicamentos que o paciente deve tomar, metodicamente, por toda a vida.
“Normalmente, no início do tratamento a pessoa deve voltar ao médico depois de 15 dias de medicação e para fazer novos exames; com o passar do tempo, obedecendo regras e tendo disciplina, as visitas costumam ser mais longas, de três a seis meses”, esclarece Conceição dos Anjos.
Segundo a assistente social, há pessoas no Bloco I que fazem tratamento de Aids há 25 anos e estão muito bem. “São aquelas que levam o tratamento a sério; não bebem, não fumam, fazem atividade física, tomam o medicamento de forma correta e procuram ter uma alimentação balanceada”, explica.
A equipe profissional do SAD do PAM Salgadinho é composta por assistente social, infectologista, nutricionista, odontólogo, dermatologista, psiquiatra, psicólogo, gastroenterologista, ginecologista, pediatra, enfermeiro e auxiliar de enfermagem. Em 2013, o Bloco I do PAM Salgadinho notificou 573 casos de pessoas infectadas pelo vírus HIV; este ano, até agora foram 294.
Gestantes
Mulheres portadoras do vírus HIV ou Aids são acompanhadas com rigor durante toda o período gestacional. “Com o tratamento de hoje, de 30% das mulheres que engravidam e são soro positivas, em apenas 1% ou 2% dos casos, a criança nasce infectada. Mas a grande maioria chega ao mundo sem o vírus e sem a doença”, informa a assistente social.
Fonte:Ascom/SMS
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