Em entrevista nessa
quinta-feira (31) ao apresentador Jadi Silva, do programa Jornal da Tarde, da
rádio Palmares AM 800, no bairro da Pitanguinha, em Maceió, o secretário-geral do
Sindas, Maurício Sarmento, fez uma convocatória aos agentes de saúde usuários
de transporte intermunicipal para o protesto de hoje, às 8h, em frente a
Secretaria Municipal da Saúde de Maceió (SMS). Na oportunidade, também foi
apresentado um balanço das conquistas da categoria e das carências de Maceió.
“A Saúde de Maceió vive um
momento preocupante e apresenta um quadro com situações gritantes. Um exemplo é
a unidade do PAM do Bebedouro que está fechada e os pacientes à mercê um
atendimento. Isso é o reflexo do estado de insalubridade das unidades de saúde
da capital. Outro exemplo são os postos de apoio distribuídos pelos bairros que
estão carentes de infraestrutura. Oposto a isso tudo, o protesto de amanhã também será uma
atitude mais enérgica para saber da SMS quando os vales-transportes, que estão
há dois meses atrasados, serão pagos”, apresentou Sarmento.
“Maceió está sob auditoria
do Ministério da Saúde no que tange ao Programa da Dengue. Este programa exige
que sejam feitos quatro ciclos durante o ano e em 2013 mal conseguimos fazer dois
ciclos. Fomos às ruas, fizemos 53 dias de greve até que a Justiça julgou a nossa
greve como abusiva e quando voltamos aos postos de trabalho ficamos sem trabalhar
devido à falta de estrutura nos pontos de apoio.”
A dívida dos vales pode ser
comparada ao desconto de 20% dos retroativos no salário do servidor municipal,
executado sem autorização dos trabalhadores e criado por uma Mesa de Negociação
ou uma “Mesa de Enrolação”. Recentemente, o Ministério Público Estadual publicou
uma portaria no Diário Oficial decretando a ilegalidade dos descontos que estão
retidos na Justiça. Ao invés do município de Maceió arcar com as
responsabilidades dele, acaba prejudicando.
Vitórias
dos agentes
Em 2014, a nossa categoria guerreira
conquistou o piso salarial nacional, de R$ 1.014 (salário inicial), e ainda o Plano
de Cargos e Carreiras (PCC) o quê também foi destacado na entrevista de ontem. Esse
sim um PCC da Saúde!
O Sindas também destaca que contratou
um escritório de advocacia, com o apoio do advogado Geraldo Galvão, para
respaldar legalmente as ações sindicais. Representando cerca de 900 agentes na
capital e quase 15 mil em todo o estado.
A realidade dos agentes nos
municípios do interior de Alagoas não é muito diferente dos da capital. Mas em
outras cidades o Sindas-AL conquistou o PCC e o pagamento do Piso Salarial
Nacional. Um dos exemplos é em Campo Alegre onde a prefeita Pauline
Pereira foi a primeira a implantar o piso salarial nacional da categoria, sendo
6,1% de reajuste salarial.
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