quinta-feira, 11 de abril de 2013

Controle da tuberculose é discutido com municípios alagoanos

Sesau

Em 2012 foram registrados em Alagoas 1.076 novos casos de tuberculose. O índice de cura foi de aproximadamente 74%, enquanto que o de abandono ficou em torno de 10% – percentuais considerados não satisfatórios. Por ter se mostrado um problema de saúde pública, a situação da doença no Estado foi discutida nesta quarta-feira (10), durante o seminário Controle da Tuberculose x Atenção Básica.

Promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), no Hotel Enseada, em Maceió, o evento discutiu o combate à enfermidade e a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Para isso, participaram do evento os coordenadores de Vigilância Epidemiológica e Atenção Básica dos Municípios, trabalhadores do sistema prisional e da área indígena, além de profissionais das unidades de referência para atendimento e representantes dos Núcleos Hospitalares de Epidemiologia, dos Conselhos Estadual de Saúde (CES) e dos Secretários Municipais de Saúde (Cosems).

Também estiveram entre o público alvo, técnicos da Superintendência de Atenção à Saúde da Sesau (Suas) e da Sociedade Alagoana de Pneumologia. O secretário de Estado da Saúde, Jorge Villas Bôas, destacou a importância da presença de todos. “A participação integral dos municípios demonstra que a vigilância é uma prioridade e que ações concretas devem ser realizadas para evitar o aumento dos casos da tuberculose em Alagoas”, destacou.

Jorge Villas Bôas também lembrou que os avanços na assistência aos pacientes passam pela Atenção Básica. “Já tivemos avanços significativos na área e precisamos progredir mais. Se fizermos a detecção precoce e o tratamento adequado, a tuberculose tem cura. Para fortalecer o diagnóstico e tratamento da tuberculose, a Sesau estará intensificando seu trabalho junto aos municípios, para melhorarmos os indicadores em Alagoas”, assegurou.

Estratégias - Na ocasião, foi discutida a operacionalização das ações de vigilância e controle, abordando ao tratamento e a situação epidemiológica da enfermidade no Estado, além do papel da Atenção Primária e a organização da rede de laboratórios. A programação contou também com debates sobre assistência farmacêutica, fluxo de informações e planejamento, monitoramento e avaliação.

Segundo a gerente de Agravos de Transmissão Respiratória e Sexual da Sesau, Ednalva Araújo, a ideia foi discutir estratégias. “Queremos fortalecer as ações em todas as cidades. A intenção é fazer uma discussão com cada uma para ver o que é possível fazer dentro de cada realidade tanto na detecção precoce quanto na garantia do tratamento”, disse ela durante o evento.

Tuberculose – Os municípios alagoanos com maior incidência de tuberculose são Arapiraca, Coruripe, Delmiro Gouveia, Maceió, Marechal Deodoro e Palmeira dos Índios. Também aparecem Penedo, Pilar, Rio Largo, Santana do Ipanema, São Miguel dos Campos, Teotônio Vilela e União dos Palmares, que, em 2012, registraram 71% dos casos.

“Nossa taxa de cura está abaixo do preconizado, que seria de 85%, assim como a de abandono, que deveria estar em até 5%. Isso é preocupante, pois o abandono pode tornar a doença resistente, além de perpetuar a transmissão. Outro problema é também a coinfecção com a Aids, já que a tuberculose é a primeira causa de morte dos pacientes com Aids”, expôs Ednalva.

O tratamento tem duração de seis meses, com medicação gratuita fornecida pelo Ministério da Saúde e disponibilizada nas unidades municipais, por meio da Sesau. Em Maceió, os Hospitais Hélvio Auto e Universitário, além do PAM Salgadinho, são as unidades de referência, enquanto que em Arapiraca o responsável é o Centro de Referência Integrado (Cria).

Fonte: Sesau

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