Em meio à aflição, o aposentado José Melo, morador do conjunto Vila Rica, em Rio Largo, entrou em contato com a produção da Gazetaweb, na manhã deste domingo (25), para expressar o medo e a angústia quanto à permanência do projeto Glaucoma, voltado a atendimentos e distribuição de remédios nas clínicas oftalmológicas de Maceió, suspeitas de desvio de recursos federais.
Melo depende de um colírio há três anos, visto que sofre de Glaucoma e não possui condições financeiras para custear o tratamento, recorrendo, portanto, ao Instituto Oftalmológico de Maceió (IOM) - uma das unidades investigadas. Com receio de o projeto não continuar “surtindo efeito”, o aposentado recorreu com duas ações junto à Defensoria Pública e aguarda algum posicionamento do órgão, apesar de garantir total apoio da promotoria.
“O promotor do Núcleo de Saúde, Rômulo Santa Rita, ouviu minha reivindicação, analisou o processo e disse que os pacientes não podem sair prejudicados pelo fato de determinadas clínicas terem desviado milhões do projeto, mesmo sabendo que isso iria afetar mais de 25 mil pessoas que passam por essa situação”, explica José Melo ao citar a “bateria” de exames a que é submetido, dentre eles, a Retinografia Colorida e o Campo Visual – cujo objetivo é analisar a pressão ocular do paciente. “Só para você ter uma ideia do que estou passando, o colírio custa R$ 165. Estou na iminência de tirar minha filha da faculdade para pagar meu tratamento”, acrescenta.
De acordo com Melo, o secretário municipal de Saúde, Adeilson Loureiro, entrou em contato com as clínicas para analisar o problema e alegou aos pacientes que o Estado “não tem nenhuma condição de custear os remédios”. Tendo em vista o impasse, José Melo frisou que tentará conversar com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante sua visita a Alagoas, na próxima terça-feira (27), quando participa do lançamento do programa federal “Crack: É Possível Vencer” no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Jaraguá. Conforme acentua, o representante da Saúde “precisa ficar por dentro do que acontece aqui no Estado”.
“O projeto não pode parar, pois afirmo que as clínicas só iriam retomar o atendimento depois que o Ministério Público e a Defensoria Pública concluíssem as investigações. Mas se os ‘picaretas’ roubaram, o prejuízo não é nosso”, pontua o aposentado, lembrando-se do antigo projeto Vitiligo, da gestão de Ronaldo Lessa, época em que os pacientes se dirigiam ao PAM Salgadinho, no Centro, e adquiriam os medicamentos sem enfrentar maiores problemas.
A reportagem tentou falar com o secretário Adeilson Loureiro, porém, seu celular encontrava-se desligado.
Desvio de milhões
O atendimento em algumas clínicas oftalmológicas foi suspenso em fevereiro, mês em que se descobriu, em cinco estados, um “rombo” de 30 milhões - verba federal destinada ao custeio do tratamento do Glaucoma. Uma auditoria do Ministério da Saúde (MS) constatou irregularidades no Instituto da Visão, Instituto de Olhos de Maceió, Hospital de Olhos Santa Luzia, Instituto de Olhos Manoel Vieira da Silva, Pro Visão, Clínica e Cirurgia de Olhos, Centro Hospitalar Manoel André (Chama) e Instituto Oftalmológico de Alagoas (Iofal).
A repercussão do caso, feita pelas imprensas local e nacional, fez com que o atendimento fosse retomado. Em Maceió, as clínicas voltaram a receber os recursos e distribuir a medicação em suas unidades, no último dia 19. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que, na portaria do Ministério, não há nenhuma referência à suspensão do contrato. O Instituto da Visão, Hospital de Olhos Santa Luzia, Seoma, Oculares, Instituto de Olhos de Maceió e Instituto Oftalmológico de Alagoas (Iofal) voltaram a atender normalmente.
Enfermidade
O Glaucoma é uma doença ocular causada, principalmente, pela elevação da pressão intraocular, provocando lesões no nervo ótico e, consequentemente, o comprometimento visual. Caso não seja tratado de maneira adequada, ele pode levar à cegueira.
Melo depende de um colírio há três anos, visto que sofre de Glaucoma e não possui condições financeiras para custear o tratamento, recorrendo, portanto, ao Instituto Oftalmológico de Maceió (IOM) - uma das unidades investigadas. Com receio de o projeto não continuar “surtindo efeito”, o aposentado recorreu com duas ações junto à Defensoria Pública e aguarda algum posicionamento do órgão, apesar de garantir total apoio da promotoria.
“O promotor do Núcleo de Saúde, Rômulo Santa Rita, ouviu minha reivindicação, analisou o processo e disse que os pacientes não podem sair prejudicados pelo fato de determinadas clínicas terem desviado milhões do projeto, mesmo sabendo que isso iria afetar mais de 25 mil pessoas que passam por essa situação”, explica José Melo ao citar a “bateria” de exames a que é submetido, dentre eles, a Retinografia Colorida e o Campo Visual – cujo objetivo é analisar a pressão ocular do paciente. “Só para você ter uma ideia do que estou passando, o colírio custa R$ 165. Estou na iminência de tirar minha filha da faculdade para pagar meu tratamento”, acrescenta.
De acordo com Melo, o secretário municipal de Saúde, Adeilson Loureiro, entrou em contato com as clínicas para analisar o problema e alegou aos pacientes que o Estado “não tem nenhuma condição de custear os remédios”. Tendo em vista o impasse, José Melo frisou que tentará conversar com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante sua visita a Alagoas, na próxima terça-feira (27), quando participa do lançamento do programa federal “Crack: É Possível Vencer” no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Jaraguá. Conforme acentua, o representante da Saúde “precisa ficar por dentro do que acontece aqui no Estado”.
“O projeto não pode parar, pois afirmo que as clínicas só iriam retomar o atendimento depois que o Ministério Público e a Defensoria Pública concluíssem as investigações. Mas se os ‘picaretas’ roubaram, o prejuízo não é nosso”, pontua o aposentado, lembrando-se do antigo projeto Vitiligo, da gestão de Ronaldo Lessa, época em que os pacientes se dirigiam ao PAM Salgadinho, no Centro, e adquiriam os medicamentos sem enfrentar maiores problemas.
A reportagem tentou falar com o secretário Adeilson Loureiro, porém, seu celular encontrava-se desligado.
Desvio de milhões
O atendimento em algumas clínicas oftalmológicas foi suspenso em fevereiro, mês em que se descobriu, em cinco estados, um “rombo” de 30 milhões - verba federal destinada ao custeio do tratamento do Glaucoma. Uma auditoria do Ministério da Saúde (MS) constatou irregularidades no Instituto da Visão, Instituto de Olhos de Maceió, Hospital de Olhos Santa Luzia, Instituto de Olhos Manoel Vieira da Silva, Pro Visão, Clínica e Cirurgia de Olhos, Centro Hospitalar Manoel André (Chama) e Instituto Oftalmológico de Alagoas (Iofal).
A repercussão do caso, feita pelas imprensas local e nacional, fez com que o atendimento fosse retomado. Em Maceió, as clínicas voltaram a receber os recursos e distribuir a medicação em suas unidades, no último dia 19. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que, na portaria do Ministério, não há nenhuma referência à suspensão do contrato. O Instituto da Visão, Hospital de Olhos Santa Luzia, Seoma, Oculares, Instituto de Olhos de Maceió e Instituto Oftalmológico de Alagoas (Iofal) voltaram a atender normalmente.
Enfermidade
O Glaucoma é uma doença ocular causada, principalmente, pela elevação da pressão intraocular, provocando lesões no nervo ótico e, consequentemente, o comprometimento visual. Caso não seja tratado de maneira adequada, ele pode levar à cegueira.
Fonte: Gazeta Web
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