quarta-feira, 14 de março de 2012

Usuários reclamam de demora no atendimento do posto Noélia Lessa

 Pacientes esperam mais de uma hora para conseguir falar com médicos


A estudante Liciane Marinho foi picada de escorpião na praça das Graças e estava sentindo o pé dormente de dor. Seu José Marcondes Jairo estava com a filha que sentia dores e fraqueza. Dona Maria da Conceição levou a sobrinha cega, diabética e cadeirante que apresentava calafrios. Elas faziam parte de uma fila que já contava mais de 20 pessoas à espera de um atendimento nesta terça-feira à noite, no ambulatório 24h Noélia Lessa na Levada.

A reclamação era geral. Tinha gente que estava esperando desde às 17h e até às 19h30 não tinha sido atendida. E a informação que vinha dos seguranças era a de que só tinha uma médica clínica e que ela estava esperando chegar outra profissional e mais auxiliares de enfermagem para iniciar o atendimento.

Sem saber o que fazer, Marcondes Jairo disse que já estava vindo do mini pronto socorro da Chã da Jaqueira. “Lá estava muito cheio e com também não tinha atendimento adequado, decidir apostar neste posto mas pelo visto me enganei”, disse um desolado pai sem saber a quem recorrer para atender a filha.


Outra que estava indignada era dona Conceição. Após saber que o atendimento iria demorar, ela decidiu retornar para casa com a sobrinha. Pediu para a ambulância levar a sobrinha mas soube que a viatura iria levar a mãe de uma enfermeira que estava sendo atendida. “Não quero tirar o direito da outra paciente, mas só estava pedindo um pouco de consideração, já que minha sobrinha é especial e não tenho condições de carregar para todos os lugares”, comentou.

Já Liciane contou que estava há mais de uma hora com dor por causa da picada do escorpião e até aquele momento ninguém tinha dado nenhuma informação sobre se haveria atendimento ou não. “É um desrespeito para com o usuário, a gente não está aqui porque quer mas porque precisa e a minha situação, foi por acaso, quando passava na praça aqui em frente fui picada a tive que procurar atendimento”, frisou.

Um servidor que não quis se identificar disse que a média de atendimento por dia no posto ultrapassa os 150 usuários, isso demonstra que todos são atendidos é só uma questão de paciência. “Quandp dá 18h30, os médicos atendem os pacientes que estão sentados dentro do ambulatório. Os que os ficam fora, ele deixa para ser atendido pelo plantão da noite, porque senão ele não iria sair daqui nunca, mas no final, todos são atendidos”, explicou, reconhecendo no entanto que o posto necessitava de mais servidores. “Se houvesse mais médicos e auxiliares o atendimento seria bem melhor”, declarou.

Quando a equipe do Gazetaweb estava indo embora, por volta das 20h, o atendimento no posto Noélia Lessa estava sendo iniciado. 
 
 
Fonte: Gazeta Web

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