quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Calendário de pagamento dos servidores depende de análise financeira

Rui Palmeira ainda depende de levantamentos que estão sendo feitos pela Secretaria de Finanças
 
O novo prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), pretende manter o calendário de pagamento dos salários dos servidores para o mês trabalhado. No entanto, antes de tomar qualquer decisão, o chefe do Executivo Municipal depende dos levantamentos que estão sendo realizados pela Secretária de Finanças, Renata Fonseca, nas contas do município.
 
Em entrevista ao Programa Cidadania, comandado pelo radialista França Moura, na Rádio Jovem Pan, Palmeira ressaltou, mais uma vez, que a equipe de trabalho ainda enfrenta problemas nos primeiros dias da gestão, justamente pela falta de informações financeiras que deveriam ter sido repassados pelo ex-prefeito Cícero Almeida.
 
Rui Palmeira explicou que, na época da transição, tanto ele como o antigo gestor montaram suas equipes, tudo oficializado por decreto publicado no Diário Oficial do Município (DO). “Na Administração Pública o que vale é o que está escrito. Solicitamos todos os levantamentos sobre a situação financeira de Maceió, contratos, licitações, mas não obtivemos a resposta devida”.
 
Por conta disso, o prefeito explicou que não houve possibilidade de fazer um estudo detalhado na transição entre os governos, o que vem impedindo o conhecimento por completo das finanças municipais. A depuração vem sendo feita agora por Renata Fonseca, que deve se reunir ainda hoje com Palmeira.
 
Questionado sobre como irá gerir o município, o chefe do Executivo Municipal ressaltou que pretende administrar a capital alagoana para garantir o desenvolvimento. Para isso, o tucano pretende focar no diálogo num trabalho em parceira com a sociedade e a bancada federal.
 
“Vamos manter esse diálogo com a sociedade e não deixaremos de buscar apoios da bancada federal e de todos os Ministérios, em Brasília, assim como trabalhar em conjunto com os Governos Estadual e Federal. Até o final deste mês devo viajar a capital federal para firmar essas parcerias que serão fundamentais para a liberação de recursos a Maceió”, colocou.
 
Sobre as emendas que já foram apresentadas em Brasília, o prefeito explicou que no momento a luta segue para as liberações, já que elas foram encaminhadas no final do ano passado e o processo de análises é demorado. Essas emendas, se liberadas, devem chegar a capital somente no segundo semestre.
 
Apoio maciço dos vereadores de Maceió
 
O governo de Rui Palmeira pode ter poucos problemas junto ao Poder Legislativo, justamente pelo fato de que o tucano possui maioria da bancada da Casa de Mário Guimarães. Apesar de ressaltar que não interferiu na escolha da Mesa Diretora para o biênio 2013-2014, o prefeito conseguiu agregar um bom número de vereadores.
 
O novo presidente da Casa, Chico Holanda, caminhou lado a lado com Rui Palmeira durante a corrida eleitoral. Dos 21 parlamentares que assumiram os cargos, o tucano conta com o apoio de pelo menos 19, o que pode ser sinônimo de tranquilidade na sua gestão.
 
“Vamos tentar manter a conversa com a Câmara para ajudar no desenvolvimento do Município, já que este é nosso maior objetivo. Não quis interferir na escolha daqueles que assumiriam a Mesa Diretora e ela foi composta pelos próprios parlamentares”, colocou Rui.
 
Cidade suja e o problema do Riacho Salgadinho
 
Entre os assuntos inerentes ao desenvolvimento de Maceió, o prefeito foi questionado sobre as diversas reclamações da população sobre a sujeira que é vista em várias localidades de Maceió, conhecida por suas belezas naturais, povo hospitaleiro e que recentemente recebeu o título de capital mais bonita do Brasil.
 
Sejam nos bairros nobres ou na periferia, o lixo vem se acumulando gerando críticas e insatisfação conjunta da sociedade. As chuvas que atingiram a capital nos últimos dias mostram que o problema pode ser ainda maior, com a elevação do nível dos córregos e o entupimento de bueiros.
 
“Recebemos a cidade muita suja e sabemos das diversas reclamações da população. Tive reuniões com o Superintendente de Limpeza Urbana que já iniciou ações para a limpeza. Em alguns bairros isso já aconteceu, minimizando o problema, mas ainda há muito o que ser feito”, tranqüilizou o gestor, que ainda hoje deve se reunir com representantes da SLUM e da Secretaria de Infraestrutura para tratar da situação.
 
E por falar em sujeira, o Riacho Salgadinho ainda é um problema sem solução. De forma imediata, ações paliativas devem ser implantadas, assim como o andamento das obras no Vale do Reginaldo. “O Salgadinho é um problema crônico e que não poderá ser resolvido a curto prazo. A primeira questão a ser resolvida é a destinação do esgoto doméstico dos moradores que vai diretamente para o riacho”.
 
As obras de reurbanização do Vale do Reginaldo deverão minimizar a questão da poluição do Salgadinho. Para dar continuidade às obras, o prefeito deverá se reunir nesta sexta-feira (11) com a Caixa Econômica Federal, onde serão tratados todos os aspectos referentes ao assunto.
 
Apesar disso, Rui Palmeira lembra que para solucionar definitivamente o problema é necessário um projeto bem mais amplo. “Claro que isso demanda muito tempo e recursos. Já estamos trabalhando nisso junto à Secretaria de Planejamento”, finalizou.
 
Fonte: Cada Minuto

Nenhum comentário:

Postar um comentário