terça-feira, 29 de novembro de 2011

Alagoas tem 8,2 pessoas com Aids a cada 100 mil habitantes

Rio Grande do Sul é o estado com maior incidência da doença no país 

Alagoas ocupa a 16ª posição no país em incidência de Aids, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Ministério da Saúde - veja abaixo lista com a colocação dos estados. Os números apontam que a cada 100 mil habitantes, 8,2 estão com a doença no Estado.

O Rio Grande do Sul é o estado com maior incidência de Aids no país. A taxa de incidência de casos do vírus é de 27,7 para cada 100 mil habitantes. O segundo estado que, porporcionalmente a sua população, tem mais registros da doença é Roraima, com 26 casos por 100 mil habitantes.


Em terceiro lugar no ranking está Santa Catarina, com índice de 23,5 por 100 mil, seguido por Amazonas (18,7) e Paraná (15,7).


Na outra ponta da lista, está o Maranhão, com 5,8 casos para cada 100 mil habitantes. Os municípios da região Sul dominam a lista das 14 cidades com mais de 50 mil habitantes que, proporcionalmente, possuem mais casos de Aids.


Em primeiro na lista, está Porto Alegre, com taxa de incidência de 99,8 casos de infecção por HIV por 100 mil habitantes.


Também localizado no Rio Grande do Sul, Alvorada é a segunda cidade com mais registros de Aids, 81,8 por 100 mil habitantes. Em terceiro no ranking está Balneário de Camboriú (SC), seguido por Uruguaiana (RS) e Sapucaia do Sul (RS).


Regiões


O Sul tem, proporcionalmente, a maior incidência da doença quando comparado às demais regiões do país, apresentando, em 2010, indíce de 28,8 casos por 100 mil habitantes.


Em segundo na lista, está o Norte (20,6), seguido por Sudeste (17,6), Centro Oeste (15,7) e Nordeste (12,6).


Os casos de óbito também são mais numerosos no Sul, onde o coeficiente registrado em 2010 foi de 9 mortos pela doença para cada 100 mil habitantes. O Norte aparece em segundo em mortalidade por vírus HIV (6,5 para cada 100 mil).


A região com menos mortos por Aids é o Nordeste. Segundo o Ministério da Saúde, os dados negativos de mortalidade no Sul revelam que a doença tem sido diagnosticada tardiamente na região.


Redução de casos


Os novos casos de Aids e óbitos pela doença sofreram pequena queda em 2010, quando comparados a 2009, segundo dados divulgados nesta segunda pelo Ministério da Saúde.


Foram registrados no país 34,2 mil novos casos de Aids no ano passado, contra 35,9 mil em 2009. De 1980 a junho de 2011, 608.230 pessoas foram infectadas no país. A taxa de incidência da doença passou de 18,8 por 100 mil habitantes em 2009 para 17,9 em 2010.

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No ano passado, 11,9 mil pessoas morreram em decorrência da Aids, enquanto em 2009 foram registradas 12 mil mortes. Apesar da leve redução, o coeficiente de mortalidade se manteve igual - 6,3 por 100 mil habitantes.


“Estamos vendo uma tendência de diminuição do número de casos ao longo dos anos, as pessoas estão vivendo mais e melhor com a doença”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.




Casos de Aids entre meninas de 13 a 19 anos supera o de garotos em 2010


Em 2010, foram registrados mais casos de mulheres entre 13 e 19 anos infectadas pelo vírus HIV do que homens da mesma faixa etária. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Ministério da Saúde, em 2010, foram registrados 349 casos de Aids entre meninas contra 296 notificações do vírus entre meninos. Pelos números, a incidência da doença entre mulheres jovens é de 2,9 para cada 100 mil habiantes, enquanto entre homens a taxa é de 2,5 para cada 100 mil.


Até 30 de junho de 2011, 137 meninas de 13 a 19 foram infectadas, enquanto 110 jovens do sexo masculino tiveram a doença detectada. "Temos uma grande preocupação com mulheres jovens, de 13 a 19 anos, pelo fato de ter mais mulheres que homens nessa faixa etária e pelo aumento dos casos de Aids entre meninas”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em entrevista coletiva. Um dos focos da campanha do governo federal de prevenção da Aids em 2011 será o público jovem feminino.


No recorte de 15 a 24 anos, a incidência da doença é maior entre homens. De 1980 a 2011, foram diagnosticados 66.698 casos de Aids entre jovens dessa faixa etária, sendo 38.045 do sexo masculino e 28.648 do sexo feminino, o que representa 11% do total de casos de HIV notificados no Brasil nos últimos 21 anos. A região com maior incidência de Aids entre jovens em 2010 é o Sul, com 14,3 casos para cada 100 mil habitantes, seguida do Norte (12,8), Sudeste (9,2), Centro Oeste (7,9) e Nordeste (6,9).


De acordo com o Ministério da Saúde, o conhecimento da população jovem sobre as formas de infecção pelo vírus HIV é "alto". Estudo realizado pela pasta entre 2007 e 2008 mostra que 97% da população de homens entre 15 e 24 anos sabem que a melhor forma de evitar o contágio da doença é usar camisinha. Além disso, o estudo mostrou que a população jovem, em geral, é a que mais usa preservativo.


Maior incidência


Quando se leva em consideração tanto homens quanto mulhares, a incidência do vírus HIV é maior entre pessoas de 35 a 39 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2010, a taxa de incidência da doença entre pessoas dessa faixa etária é de 38,1 para cada 100 mil habitantes. A taxa de incidência da doena entre homens dessa faixa etária passou de 67,8 casos a cada 100 mil habitantes em 1998 para 49,4 em 2010. Já a incidência entre mulheres aumentou de 26,8 casos a cada 100 mil habitantes para 27,4. A segunda faixa etária com maior incidência do vírus é entre 30 e 34 anos (37,4 para cada 100 mil habitantes).


Na faixa etária acima de 50 anos, a taxa de incidência entre mulheres em aumentou 75,9% em 2010 na comparação com os dados de 1998. Nos homens, a incidência passou de 14,5 casos por 100 mil habitantes em 1998 para 18,8 no ano passado.





Dificuldade de idosos com camisinha agrava infecção por HIV, diz médico


Um pesquisa realizada pelo laboratório Frischmann Aisengart, com 482 idosos com mais de 60 anos, durante novembro de 2009 e setembro de 2010, registra maior incidência de HIV em homens do que em mulheres. O resultado diz que “das 283 mulheres testadas, foi observado um caso positivo. Dos 199 homens, três amostras [positivas]”.


Ainda se diz, no resultado, que "a resistência da sociedade em admitir que pessoas com mais de 50 anos continuem tendo vida sexual ativa contribuiu para o aumento do número de infectados".


De acordo com o laboratório, nos dez anos que seguiram a 1996, o número de pessoas infectadas duplicou entre os com mais de 50 anos, “passando de 7,5 casos por 100 mil habitantes para 15,7. Dos 47.437 casos notificados nessa faixa etária desde o início da epidemia, 29.393 (62%) foram registrados entre 2001 e 2008. A maioria (63%) em homens”.


Na opinião do infectologista Jaime Rocha, “a escassez da inclusão desse grupo etário em campanhas de prevenção [faz] com que [as] pessoas se sintam à margem dos riscos de serem contaminadas pelo HIV”, o que as manteria com comportamentos inapropriados. O uso da camisinha é também um problema.


“O preservativo [para esses idosos] (...) é um artefato pouco utilizado [anteriormente], e apresenta dificuldade técnica [de] utilização. Alia-se a este desuso a ideia de que a camisinha é uma ferramenta meramente anticonceptiva e o receio de perda de ereções efetivas”, explica. Para ele, o uso estimulantes sexuais deve ser considerado em todo contexto.


O médico considera que o diagnóstico tardio é um dos maiores vilões da luta contra a doença, quando ela se apresenta em idosos. 
 
Fonte: Gazetaweb.com
 

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