As centrais sindicais, estudantes, empresários e movimentos sociais estão convocando um ato em frente o Banco Central, na Avenida Paulista, na próxima terça-feira (29) pela redução significativa das taxas dos juros.
Desde as últimas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) diversas manifestações vêm sendo realizadas para exigir uma queda mais acelerada da taxa Selic.
As entidades condenam a política do presidente do BC, Alexandre Tombini, que insiste em “ajustes moderados” dos juros. Desde que assumiu, quando o Brasil já tinha a taxa de juros mais alta do mundo, 10,75%, o Copom elevou em cinco reuniões consecutivas a taxa básica de juros em 1,75 ponto percentual.
Essa política está trazendo consequências gravíssimas ao país. Como exemplo, a atividade da indústria paulista, que caiu 4,2% em setembro na comparação com o mês anterior, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 31 de agosto, sob forte pressão do movimento popular e com a economia em franca desaceleração, hoje com projeção de crescimento para este ano em cerca de 3,5%, o BC reduziu em 0,5 ponto percentual. Na última reunião do Copom, em 19 de outubro, o BC manteve a enrolação e reduziu novamente apenas 0,5 ponto, passando de 12% para 11,5% ao ano. Em termos reais (descontada a inflação), a taxa básica de juros do Brasil (5,5%) continua a mais alta do mundo, cinco vezes e meio maior que a taxa da Rússia (1,0%), a segunda maior entre os países dos BRICS.
A magnitude do corte foi criticada por empresários e trabalhadores, que exigem uma quedar significativa da taxa de juros, aproximando aos níveis internacionais, -0,9% entre os 40 principais países.
Fonte: Jornal Hora do Povo
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