terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Médicos do Samu pedem demissão e entregam cargos, diz sindicato

O presidente do Sindicato dos Médicos (Sinmed), Welington Galvão, afirmou na manhã desta terça-feira (5) que 23 dos 25 médicos que trabalham no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) assinaram um pedido de demissão coletiva e devem entregar os cargos. A categoria reivindica um aumento salarial e melhores condições de trabalho da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).
 
Segundo Welington Galvão, os outros dois médicos do Samu que ainda não assinaram o pedido de demissão se reúnem ainda hoje com a diretoria do sindicato. "Eles querem dar um prazo de 30 dias para se desligar do serviço, mas vamos explicar que eles são prestadores de serviço e não é necessário esperar este período", ressaltou.
 
O protocolo do pedido de demissão foi assinado no Sinmed e será encaminhado para a Sesau, assim que os últimos dois médicos também assinarem o documento. "Não há mais como continuar trabalhando sem a menor estrutura e com salários defasados", frisou Welington Galvão. Pela tabela do sindicato, os médicos do Samu em Alagoas ganham R$ 4,6 mil mensais, aqueles que dão plantões de segunda a sexta-feira, e R$ 6,5 mil nos finais de semana, quando a média nacional é de R$ 9,8 mil.
A assessoria da Sesau informou que a direção do Samu ainda não recebeu qualquer notificação oficial sobre o pedido de demissão dos médicos e que o serviço continua funcionando normalmente.
 
Mais demissões
 
Ainda segundo Welington Galvão, 15 médicos efetivos da Maternidade Escola Santa Mônica também já assinaram o pedido de demissão coletiva e também devem deixar seus cargos. "A maioria dos outros profissionais da unidade estão prestes a se aposentar. Se não houver negociação em breve a maternidade não vai ter mais como funcionar", disse o sindcalista.
 
Ainda esta semana, o presidente do Sinmed deve se reunir também com médicos cirurgiões do Hospital Geral do Estado e da Unidade de Emergência do Agreste para também convencê-los a assinar o pedido de demissão coletiva. "Com os salários que são pagos é até uma indignidade para a categoria", frisou Galvão.
 
O Sindicato dos Médicos já estuda entrar com um mandado de segurança para evitar que o governo contrate cooperativa de médicos para trabalhar nas unidades de saúde de Alagoas. "Querem burlar a lei do concurso público, contratando cooperativas formada pelos mesmos profissionais. Já há decisão do Tribunal de Contas da Paraíba que considerou nulo contratos semelhantes naquele Estado", explicou.
 
Fonte: TNH1

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