Boa parte dos posicionamentos
em plenária na sessão desta quinta-feira, dia 27, na Câmara de
Vereadores foi em função dos serviços prestados pela saúde pública em
Maceió. Os vereadores não economizaram ‘adjetivos’ e destacaram o caso
de uma paciente que procurou os edis ontem (26) na esperança de ser
atendida por uma unidade de saúde depois de ‘peregrinar’ por 15 dias sem
conseguir atendimento.
Quem trouxe o assunto para o
debate foi o vereador João Luiz. A jovem, identificada apenas como
Crislaine, chegou à Câmara com fortes dores abdominais e procurou a Casa
na esperança de conseguir atendimento médico. A ‘revolta’ do vereador
se potencializou porque, segundo ele, a jovem teria ficado de meio dia
até as 23h no Hospital Geral do Estado (HGE) e, mais uma vez, teria
voltado para casa sem atendimento. “Não existe saúde pública em Alagoas.
Ela está falida e sucateada”, acusou o vereador.
Ainda de acordo com o edil:
“Ele foi encaminhada ao HGE por volta das 12h, saiu de lá às 23h sem
atendimento. A explicação foi de superlotação, falta de equipamentos,
falta de respiradores, máquina de exames quebrada...”, relatou Luiz.
Para corroborar com as
acusações, a vereadora Fátima Santiago confirmou que acompanhou a
paciente até a unidade de saúde e permaneceu lá até as 16h e a jovem
ainda não havia sido atendida. “Eu acompanhei a Crislaine a pedido do
marido dela que achou que com minha presença seria mais fácil conseguir
atendimento médico. Levei a paciente até o setor de controle e avaliação
da Secretaria Municipal de Saúde, onde foi diagnosticado que o caso
dela era de emergência. Ela estava com um abscesso abdominal. Lá foram
recolhidos os dados da paciente para marcar exames pelo CORA. Eles
(Crislaine e o marido) me confirmaram que há 15 dias ela tenta ser
atendida. Fui com ela até o HGE onde ele deveria ter passado por uma
drenagem. Quando eu saí de lá estava certa de que ela receberia
atendimento. Ela precisou aguardar esse tempo porque havia se alimentado
às 10h e para o procedimento é preciso estar em jejum por pelo menos
seis horas. Estou sem entender. Uma simples drenagem que não é nada de
extraordinário. Se faz até em ambulatório”, questionou Santiago.
A vereadora Tereza Nelma – que presidia a sessão de hoje – fez um apelo a Secretaria de Estado de Saúde para rever a situação.
O Alagoas24Horas
tentou contato com a assessoria do HGE para confirmar a superlotação,
falta de respirador e de outros equipamentos na unidade, bem como, sobre
o caso da paciente que teve atendimento negado, porém sem êxito.
Os edis também não souberam informar se Crislaine conseguiu atendimento ou sobre seu atual estado de saúde.
Na manhã última sexta-feira
(22), gestores do Hospital Geral do Estado (HGE) se reuniram com a
representante do Ministério da Saúde (MS), Valéria Pereira, para
discutir a implantação do programa S.O.S. Emergência na unidade
hospitalar. Implantado em outros hospitais do país, o programa costuma
reduzir a lotação nos hospitais, diminuir o tempo de espera e oferecer
assistência humanizada.
Fonte: Alagoas 24 Horas
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