Palmeira dos Índios – Doença que atacava locais subdesenvolvidos no século 19, a diarreia provocou 165 mortes em Alagoas, em um período de três meses do ano passado. A moléstia provocou milhares de atendimentos em hospitais e postos de saúde, principalmente na região entre os municípios de Palmeira dos Índios e Estrela de Alagoas. Conforme dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde, cerca de 92 mil pessoas ficaram doentes, em 21 municípios que sofreram com epidemia e outros 29 que ficaram em estado de alerta.
A Doença Diarreica Aguda (DDA) acomete populações que vivem sem esgotamento sanitário e não têm acesso à água tratada. Além de demonstrar uma série de problemas na distribuição de água em carros-pipa para famílias que foram atingidas pela seca, a epidemia escancarou também as deficiências na saúde pública, que deixou faltar soro nas unidades de saúde e não distribuiu quantidade suficiente de hipoclorito de sódio para a prevenção do problema.
“Na época, usávamos uma média de 800 unidades de soro por dia, para evitar a desidratação dos pacientes. A ajuda que chegou, tanto do Estado como do município, foi muito pequena, ínfima até. O hospital teve que se endividar ainda mais comprando esse insumo”, explica o provedor do Hospital Santa Rita, Roberto Salgueiro.
O hospital de Penedo deu o alerta sobre a epidemia de diarreia no dia 17 de maio do ano passado, depois que foi invadido por uma multidão com sintomas de aumento na frequência de evacuações, além de alteração na consistência das fezes, às vezes acompanhados também de vômito e febre.
Amostras recolhidas nos municípios onde houve a maior quantidade de casos revelou que a água dos carros-pipa estava contaminada por bactérias e protozoários. A transmissão também estaria acontecendo por vírus. Além disso, a barragem da Carangueja, que atende Palmeira e Estrela, estava com a quantidade de cianobactérias muito acima do máximo permitido.
O principal problema, no entanto, estava na distribuição de água pelos carros-pipa. Ficou constatado que, em muitos casos, a água que era levada para as famílias que sofriam com a seca não recebia nenhum tipo de tratamento e estava contaminada. A contaminação acontecia também nos tanques dos veículos que, antes de transportarem água, haviam servido para transportar combustível, produtos químicos e ração.
O combate à DDA avançou em várias frentes. O Exército, que coordena a Operação Pipa, reforçou a fiscalização dos veículos e dos mananciais de onde a água era retirada, e o Ministério Público Estadual formou um Grupo de Trabalho (GT) da Saúde.
Promotores ajuizaram uma série de ações civis públicas nos locais onde a diarreia chegou à situação de epidemia, com o intuito de obrigar os municípios a adotarem medidas para evitar novos casos.
Em Palmeira dos Índios, a promotora Salete Adorno incluiu o Exército como polo passivo da ação e, por isso, a Justiça estadual decidiu que a competência para atuar no caso é da Justiça Federal. Ainda não havia sido concluída a intimação da decisão judicial às partes do processo.
A Doença Diarreica Aguda (DDA) acomete populações que vivem sem esgotamento sanitário e não têm acesso à água tratada. Além de demonstrar uma série de problemas na distribuição de água em carros-pipa para famílias que foram atingidas pela seca, a epidemia escancarou também as deficiências na saúde pública, que deixou faltar soro nas unidades de saúde e não distribuiu quantidade suficiente de hipoclorito de sódio para a prevenção do problema.
“Na época, usávamos uma média de 800 unidades de soro por dia, para evitar a desidratação dos pacientes. A ajuda que chegou, tanto do Estado como do município, foi muito pequena, ínfima até. O hospital teve que se endividar ainda mais comprando esse insumo”, explica o provedor do Hospital Santa Rita, Roberto Salgueiro.
O hospital de Penedo deu o alerta sobre a epidemia de diarreia no dia 17 de maio do ano passado, depois que foi invadido por uma multidão com sintomas de aumento na frequência de evacuações, além de alteração na consistência das fezes, às vezes acompanhados também de vômito e febre.
Amostras recolhidas nos municípios onde houve a maior quantidade de casos revelou que a água dos carros-pipa estava contaminada por bactérias e protozoários. A transmissão também estaria acontecendo por vírus. Além disso, a barragem da Carangueja, que atende Palmeira e Estrela, estava com a quantidade de cianobactérias muito acima do máximo permitido.
O principal problema, no entanto, estava na distribuição de água pelos carros-pipa. Ficou constatado que, em muitos casos, a água que era levada para as famílias que sofriam com a seca não recebia nenhum tipo de tratamento e estava contaminada. A contaminação acontecia também nos tanques dos veículos que, antes de transportarem água, haviam servido para transportar combustível, produtos químicos e ração.
O combate à DDA avançou em várias frentes. O Exército, que coordena a Operação Pipa, reforçou a fiscalização dos veículos e dos mananciais de onde a água era retirada, e o Ministério Público Estadual formou um Grupo de Trabalho (GT) da Saúde.
Promotores ajuizaram uma série de ações civis públicas nos locais onde a diarreia chegou à situação de epidemia, com o intuito de obrigar os municípios a adotarem medidas para evitar novos casos.
Em Palmeira dos Índios, a promotora Salete Adorno incluiu o Exército como polo passivo da ação e, por isso, a Justiça estadual decidiu que a competência para atuar no caso é da Justiça Federal. Ainda não havia sido concluída a intimação da decisão judicial às partes do processo.
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