A mobilização para a Marcha das Centrais a Brasília, no dia 6 de março, vem ganhando adesões de diversas categorias em todo o país. Metalúrgicos, servidores públicos, bancários, portuários, trabalhadores da Saúde e da Educação já confirmaram presença na manifestação. Uma delegação das centrais sindicais será recebida pela presidente Dilma, no dia da Marcha, para levar as reivindicações trabalhistas e dos movimentos sociais ao governo.
Com o tema “Desenvolvimento, Cidadania e Valorização do Trabalho”, as centrais CUT, CGTB, Força Sindical, CTB, NCST e UGT apresentam como principais reivindicações a redução da jornada para 40 horas, sem redução de salário, valorização das aposentadorias, fim do fator previdenciário, investimento público, entre outras bandeiras do movimento sindical.
As Centrais cobram diálogo com o governo, destacando a necessidade de se debater políticas que visem a retomada do crescimento do país, como o fortalecimento da indústria nacional, mais investimento, valorização dos salários e ampliação do mercado interno.
Depois da recente adesão dos trabalhadores do serviço público (Condsef) e da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo confirmou a presença na Marcha e divulgou que diretores, coordenadores e assessores do Sindicato estão realizando assembleias nas portas das fábricas para preparar caravanas rumo à Marcha.
“Este é um momento importante para o movimento sindical brasileiro e os trabalhadores. Há uma forte ameaça contra os direitos trabalhistas, o empresariado está se unindo e o governo federal não senta mais à mesa com as entidades sindicais para discutir suas propostas. Vamos mostrar a força do trabalhador brasileiro”, afirma o presidente do Sindicato, Miguel Torres.
Para a CUT, uma das reivindicações que também será reforçada é a negociação coletiva no serviço público, com a regulamentação da convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Três anos após ser ratificada durante o governo Lula, a norma aguarda apenas a regulamentação.
“Desde que foi criada a CLT (Consolidação das Leis de Trabalho), na década de 1940, os trabalhadores da área privada têm direito a negociação, ao contrário do setor público. Temos muitas violações da liberdade e do direito sindical, muitos dirigentes não são liberados para atuar e a maior parte das greves é para forçar o início do diálogo”, Maria das Graças Costa, secretária de Relações do Trabalho da CUT.
O presidente da CGTB, Ubiraci Dantas, ressalta que “os trabalhadores estão mobilizados para defender os seus direitos, defender mais salários e o desenvolvimento do país. É isso que vamos levar à presidente”, afirma.
A CTB vem organizando encontros estaduais para garantir a mobilização dos sindicatos e a participação do maior número de categorias. No Rio de Janeiro, a central levará representantes dos Sindicatos dos Metalúrgicos do Rio e de Angra, do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect –RJ) e do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Saneamento Básico e Meio Ambiente do Rio de Janeiro e Região (SintSama-RJ).
Fonte: Jornal Hora do Povo
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